O Retorno

  • Sumak
  • |
  • 01 January 2018
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São quase 20h. A noite fria e nublada de São Paulo tinge de cinza a selva de pedra enquanto o avião desliza bruscamente na pista úmida.

O voo se deu sem incidentes, e depois de tantos dias longe, injusto seria se tivesse.

Desembarco calmamente e prossigo para a inspeção alfandegária, evitando a multidão que se aglomera ao redor das esteiras para procurar por seus pertences. Evito essa desagradável experiência sempre que posso.

Como é habitual, passo sem ser inspecionado e me dirijo ao carro que está a minha espera.

Pego o celular e envio uma mensagem, curta e direto ao ponto.

— Chego em 45 minutos.

Entro no carro e dou a direção. Minutos depois, recebo em resposta um único coração.

Coloco os fones e dou play. O suave lamento do jazz invade meus ouvidos, limpando minha mente para que eu possa pensar com clareza no meu propósito.

Trago à mente o algodão e o cânhamo. Sei como ela estará me esperando, então considero as possibilidades.

Sem dizer uma palavra, um double column nos finos pulsos, firme mas suave, e outro nos tornozelos. Um arreio nos exuberantes seios para amplificar as sensações ao mesmo tempo que me concede controle absoluto sobre os movimentos daquele tronco escultural.

Uma coluna única, presa ao arreio, termina de restringir os movimentos dos braços, e um último double columns naquelas ofensivamente deliciosas coxas a deixa totalmente vulnerável.

A venda é colocada gentilmente em seu lindo rosto. Ela não olhará nos meus olhos novamente até que eu tenha terminado.

Me abaixo, passando gentilmente a ponta dos dedos em seu corpo nu. Mediante meu toque, ela estremece e respira fundo.

Puxo uma cadeira, e a conduzo, vendada, até meu colo.

Deslizo até suas nádegas e levanto a mão. Espero, a expectativa é parte do jogo. Seu corpo se contorce, como que antecipando o que está por vir. Desço a mão, espalmada e pesada, e o estalo que se dá ao alcançar sua pele deliciosamente pálida me dá prazer e, pelo melódico gemido, à ela também.

Prossigo com os tapas, a intervalos cada vez menos espaçados. Quando percebo que a vermelhidão está se intensificando, acaricio suavemente a região.

Coloco ela de pé e a beijo com força, os olhos vendados tornam o beijo uma agradável supresa.

Seguro firme na coluna traseira e a faço se inclinar aplicando pressão nos ombros.

Apoio suavemente seu delicado rosto na mesa e paro por um momento para apreciar aquela visão inigualável de seu corpo, moldado à tamanha perfeição que me faz questionar minhas crenças.

Abro o zíper do pesado jeans, a esta altura prestes a estourar. Saco meu membro, grosso e rijo, e sem qualquer cerimônia a penetro com força. Seguro na coluna traseira com a mão esquerda e em seus longos cabelos com a direita, usando estes pontos de apoio para exercer um ritmo acelerado. Mudo meu apoio para sua esculpida cintura, aplicando um ritmo ainda mais frenético, violento.

Paro e a viro em minha direção. Desato com maestria o nó das coxas e apoio-a na mesa, passando por entre suas pernas. A fodo com força, seus tornozelos amarrados não permitindo que se desfaça o abraço de suas pernas.

Ouço o sinal, os gemidos suaves e finos que soam como música aos meus ouvidos. Permito que goze.

Continuo fodendo por mais alguns segundos e então saio de dentro dela e ordeno que se ajoelhe.

Ela obedece e abre a boca, esperando sua próxima recompensa. Penetro sua boca com meu membro umedecido pelo seu prazer. Ejaculo em seus adoráveis lábios e em seu angelical rosto.

Tiro sua venda, permitindo que enfim ela possa me olhar.

— Boa noite, meu amor.

— Chegamos, senhor Henrique. Tenha uma boa noite.

— Obrigado, ao senhor também - digo, desperto de meu sonho sem sono.

Prossigo até a portaria, subo o elevador e encontro a porta entreaberta, uma suave e cintilante luz amarelada emanando do aposento.

Entro em silêncio.

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